Precisava tocar o firmamento
onde estrelas brilham par e passo
entre róseas papoilas que eu traço
aqui no meu tão triste pensamento
P'ra que surgisse, enfim, um vão lamento,
longo e fraco, mais do que um fracasso
que respondesse aos rogos que eu faço
a este MUNDO louco e tão sangrento
E nele a aurora na manhã gelada
Co'as flores sonhando sob a luz do dia
enfileiradas à beira da calçada
e as aves esvoaçando . . . e eu sorria
deitado com a cabeça na almofada
enquanto do meu sonho me emergia ! Lisboa, 1986
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