Tempos perdidos num mundo revolto . . .
Povo que dorme ou antes sonolento
lá vê passar no cais a sotavento
a escuna breve, o vento em pano solto
Quisera então seguir, futura ideia,
p’ra trás ficou do todo um nada triste,
baloiçou-lhe a mente e tanto insiste,
que acabou por se ver em nova teia . . .
Doces palavras, que ferem ouvidos,
no dia a dia deste povo mudo,
porqu'enganado sem querer razão,
não luta por anseios desmedidos
culpa o destino p'lo seu ar sisudo
e usa p'ra pensar o coração . . . Lisboa, 1988
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