Eis-me aqui
A vida é interrogação imaginária
e o TEMPO urge
. . . . . . . . . . . . .
Vamos correr atrás do vento
enquanto houver SEU tempo
Percorro o breve enredo de um idílio
Espelho-me entre as ÁGUAS de um rio
Esqueço-me de mim
mas encontro a par de Eco
um Narciso imperfeito
. . . . . . . . . . . . .
Não me amo
Não me odeio
Só sei que vivo
Só sei que sinto
uns olhos espelharem-se onde não há vida
Mas mesmo assim ela existiu
Eis-me aqui e como ela
sou um boneco, trespassado,
de trapo e flanela . . . Mamarrosa ( Angola ), 1969
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