SEJAM BEM VINDOS A ESTE BLOG

Nota Prévia :

Este Blog destina-se exclusivamente à divulgação de trabalhos escritos por mim para meu prazer e daqueles que eventualmente estivessem interessados na sua leitura.

Felizmente, foram muitos os que se me dirigiram a pedir que divulgasse alguns dos meus trabalhos, especialmente os que mais me marcaram ao longo da minha vida, daí ter feito uma escolha selectiva de entre todos eles, muitos ficando de fora, naturalmente .

Foi por esse motivo que surgiu este Blog .

Muitos desses trabalhos já haviam sido publicados em periódicos e revistas da especialidade e não só, muitos deles além fronteiras ( EUA e BRASIL ), e alguns chegaram mesmo a ser galardoados em Concursos de Contos e Poesias e diversos Jogos Florais .

À medida em que forem inseridos neste Blog, tentarei informar quais os já anteriormente publicados, onde e quando e se tiverem sido galardoados, quais os prémios que lhes foram atribuidos e quais as Organizações envolvidas .

Espero que a memória não me falhe e os meus apontamentos não estejam incompletos.

Ericeira, 20 de Janeiro de 2011

Carlos Jorge Ivo da Silva

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

ESTUDOS I


Nunca saberei se fui vencido pelo destino
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ouvi a minha voz
o meu som
a minha loucura
Senti-me entristecer rapidamente
Chamei por Schiller
por meus amores
Gritei à maneira de Cicero
Cantei como se fosse Virgílio
mas a minha Eneida
perdeu-se para sempre
entre os rumores do mar

Baladas entre as badaladas dos sinos de uma torre

Meditei em José Régio
. . . Queixumes que eu balbuciava
sem saber porquê . . .

Tu . . .

Só tu, Musa dos meus amores
não mais me digas
para seguir o teu CAMINHO
que nem o meu posso seguir

Formei-me em mim
Sonhei com barcos despedaçados nos rochedos
. . . e eu com eles . . .
Vi as ondas
ora meigas
ora ferozes e rugidoras

Quais leões que se enfurecem
ao chegar às grades intransponíveis das jaulas
Caía a noite
e o sol entre o oiro e o sangue
mergulhava mais além
entre o azul-avermelhado do mar

As nuvens escurecidas
desenhavam-se . . .
. . . e eu via
CAVALEIROS
MONSTROS
e
CASTELOS
Deixei-me nessa melancolia
nessa solidão inesperada

Olhei à minha volta
. . . Ninguém . . .
Fiquei só . . .
. . . adormecido
e pelo DESTINO me deixei guiar
já que a ele
me era impossível
. . . Qual barreira intransponível
que eu queria ultrapassar

Lisboa, 1966

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