Tudo perdi e o sôfrego desgosto
me leva dia a dia, eu te não vejo
De te mirar no poente ao sol posto
no prado verde em sonhos me sobejo
E como a BEIRA MAR por mim já chama
para nela sozinho me banhar
A MOURA ENCANTADA por mim clama
para com ela de amores me saciar
Eu não sei qual delas hei-de seguir
D'uma e d'outra são os meus desejos
que se desfazem ao ver-me no provir
perdido nos seus braços, nos seus beijos Mafra, 1965
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