Passou o tempo sem por ele dar
Perdi os sonhos nesta criação
Profunda aurora, justa exaltação
No meu esperado e lento caminhar
Vãs ilusões que vejo terminar
Num todo impar sem resolução
" Porquês " da Vida, vaga afirmação
Num lato reino de flores e mar
Entrei no sono, que os justos dormem
No esquecimento natural e frio
D’uma inverdade posta a circular
Pois sou como outros tantos que se metem
Em águas turvas, conturbado rio,
C’o a doce esperança de voltar a amar Lisboa, 1994
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